quinta-feira, 25 de junho de 2009

Síndrome de Blackout

Introdução

Quando se fala em dependência química, a preocupação maior é com as drogas ilícitas, cocaína, maconha, crack, ecstasy, entre tantas outras. No entanto, o grande inimigo está camuflado sob o manto do socialmente aceitável. O álcool nem sequer é considerado uma droga que causa dependência física e psicológica por grande parte da sociedade. Sua venda é livre e ele integra a cultura atual ligada ao lazer e à sociabilidade. Uma reunião em casa de amigos, o happy hour depois de um dia estafante, a balada de sábado à noite, a paradinha no bar antes na saída do escritório não têm sentido sem a bebida alcoólica.


Síndrome de Blackout

Pode ocorrer em bebedores esporádicos ou crônicos e caracteriza-se por amnésia que pode durar horas, sem perda de consciência da realidade durante a crise. O blackout (ou apagamento) acontece porque o álcool interfere nos circuitos cerebrais encarregados de arquivar acontecimentos recentes. O quadro, de certa forma, lembra o perfil de memória das pessoas idosas, capazes de contar com detalhes histórias antigas, mas que não conseguem recordar o cardápio do almoço.

O álcool é uma droga depressora do Sistema Nervoso Central. Para contrabalançar esse efeito, o usuário crônico aumenta a atividade de certos circuitos de neurônios que se opõem à ação depressiva. Quando a droga é suspensa abruptamente, depois de longo período de uso, esses circuitos estimulatórios não encontram mais a ação depressora para equilibrá-los e surge, então, a síndrome de hiperexcitabilidade característica da abstinência.

Seus sintomas mais freqüentes são: tremores, distúrbios de percepção, convulsões e delirium tremens.





Vocabulário


Delirium tremens => É um estado psicótico em que a pessoa fica confusa, esse é causado pela suspensão do uso de uma droga.

Hiperexcitabilidade => Predisposição para os estados de excitação nervosa.

Alcoolismo na adolescência

Infelizmente o alcoolismo na adolescência já é muito comum nos dias de hoje. A maioria dos adolescentes acabam experimentando a bebida alcoólica, apenas para se aparecer para seus conhecidos e amigos, ou para não ser o careta da turma. Eles bebem em festas, em baladas, em lugares públicos, nos bares, nas casas de amigos e muitos outros lugares.

Os adolescentes começam beber socialmente, pensando que jamais poderão se tornar viciados, e muitas vezes acabam se tornando verdadeiros alcoólatras. E é incrível que esse medo da dependência não afeta os jovens.

Existe uma lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para os menores de 18 anos, a Lei nº 9.294, publicada em 15 de julho de 1996. Porem muitos pontos de venda, não respeita essa lei, e vendem para qualquer um, pensando apenas em seu dinheiro

Noticia - Alcoolismo na adolescência em Portugal

Depois de já ter liderado a lista dos maiores consumidores de bebidas alcoólicas do mundo, Portugal ocupa hoje o sétimo lugar, segundo os últimos dados do World Drink Trend.

No entanto, há cada vez mais jovens a abusar do álcool em Portugal, havendo também uma população adulta que consome imenso vinho, calculando-se em cerca de 700.000 o número de alcoólicos crônicos, declarados, e muitos outros mais potenciais não identificados. Aliás, muita gente que não bebia passou a beber, porque se cultiva a idéia de que “um copo de vinho à refeição é bom para o coração”... e muitos se viciarão, decerto, pois tal como o primeiro cigarro pode levar ao tabagismo, o primeiro copo pode levar ao alcoolismo.

Mas são os jovens, de fato, os maiores consumidores de bebidas alcoólicas, em particular os licores ou as ‘espirituosas’ nas discotecas onde na maior parte das vezes a lei em vigor não é cumprida. Aliás, parece que a ASAE neste aspecto pouco se importa em fazê-la aplicar nas suas ações de fiscalização, tal como faz noutras áreas em defesa da saúde pública.

A cerveja, porém, lidera o mercado nacional como a bebida mais consumida pelos jovens em Portugal. E não é de admirar que assim seja, pois há várias marcas que incentivam e patrocinam vários eventos da juventude, em particular as festas estudantis onde o consumismo é escandaloso, deixando milhares de jovens recentemente formados em estado vergonhoso.

São esses os maus exemplos que não deviam existir neste país e sim uma verdadeira EDUCAÇÃO e legislação governamental que não permitisse empresas de bebidas alcoólicas aliciarem o seu consumo em Portugal, já que o alcoolismo é um grave problema nacional.

Entretanto, os agricultores e enólogos fazem as suas promoções com a “prova de vinhos”, autênticos atos sagrados que agora até já são praticados por cegos, para apurarem talvez muito mais o sabor e o olfacto, já que lhes falta a visão...

Enfim, “em país de cegos quem tem um olho é rei”...

Jovens consumindo cada vez mais cedo, bebidas alcoólicas

Jovens brasileiros estão consumindo, cada vez mais cedo, bebidas alcoólicas como cerveja, uísque, vinho, vodca e pinga, entre outras. Na verdade, o álcool é hoje a droga mais usada por adolescentes brasileiros.
Os dados são apresentados pela psicóloga Rosely Sayão num artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo. O consumo de bebida vem aumentando, principalmente entre os mais novos e entre as meninas.
Só para você ter uma idéia de como o problema é sério, hoje quase metade dos jovens com idade entre 12 e 17 anos já bebeu; enquanto lá nos anos de 1980, o consumo se iniciava entre os 16 e 17 anos.
O pior é que muitos adolescentes com menos de 18 anos -- até mesmo crianças -- não bebem só de vez em quando, não, mas constantemente.

Efeitos muito negativos

O uso de álcool afeta a capacidade de coordenar os movimentos do corpo, atrapalha os reflexos e o sono. Quem bebe também não sabe perceber direito o que é certo e o que é errado.

Depoimento

Depoimento

Depoimento

terça-feira, 23 de junho de 2009

Imagens - Consêquencias do uso de álcool

Se beber não dirija


Consêquencias de dirigir após beber


Mortes







A dependência do álcool


Prisão ao álcool



Familias são destruidas

Não faça sua vida um inferno desses, sai da vida de alcoolatra e seja feliz

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Destino de jovens depois da escola é o bar mais próximo

Véspera de feriado em uma escola de elite da zona oeste de São Paulo. Quando soa a campainha que marca o fim das aulas, o destino é o mesmo para vários alunos: o boteco mais próximo. Sinuca, cerveja e pandeiro embalam o início da tarde. Para alguns, a balada vespertina é eventual. Mas, para outros, como Rafael, 15, o bar é passagem obrigatória depois das aulas.

Pelo menos quatro vezes por semana, ele toma entre quatro e cinco garrafas de cerveja com os amigos, enquanto joga uma partida de sinuca na saída do colégio. Na sexta, inclui também quatro doses de pinga. "Geralmente bebo porque estou de saco cheio da semana e quero dar um "relax". Gosto de ficar bêbado", conta o estudante. Para ele, que se considerava um garoto tímido e "travado" até dois anos atrás, a bebida "facilita várias coisas". "O humor muda, a auto-estima melhora, fica mais fácil de interagir." Rafael provou bebida alcoólica, oferecida pelos pais, aos nove anos, e começou a beber com regularidade aos 12. O caso de Rafael não é exceção. Ele ilustra uma tendência de comportamento que especialistas já detectaram entre os adolescentes brasileiros: eles começam a beber cedo e muitos bebem de forma abusiva. Uma pesquisa elaborada pela Unifesp em parceria com a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) - o 1º Levantamento Nacional sobre os Padrões do Consumo de Álcool na População Brasileira, realizado entre novembro de 2005 e abril de 2006 com dados representativos de 100% da população brasileira-, mostra que a idade de início de consumo de álcool diminuiu nos últimos anos. Adolescentes que têm hoje entre 18 e 25 começaram a beber aos 15,3, enquanto jovens de 14 a 17 anos começaram aos 13,9 anos. "É uma adolescência bastante tenra. Provavelmente isso é uma tendência que vem acontecendo a muito tempo, de geração em geração", diz a psicóloga Ilana Pinsky, uma das responsáveis pela pesquisa. De acordo com o estudo, dois terços dos adolescentes são abstinentes. Mas 16% do total -ou metade dos que consomem álcool- já beberam em "binge" (termo técnico que significa pelo menos quatro doses em uma mesma ocasião), considerado o padrão de consumo de mais alto risco. Entre esses, 30% fizeram isso duas vezes por mês ou mais no último ano. "O que importa não é se um ou dois terços bebem, mas como eles bebem. O problema é que, entre os que bebem, muitos bebem de forma abusiva", completa a estudiosa. Apesar de ser proibido vender bebidas alcoólicas para menores de idade, há pouca fiscalização, e são raros os bares que pedem documento de identidade para jovens. A facilidade de comprar, o preço baixo (o Brasil está entre os países em que a cerveja é mais barata) e a grande tolerância social à bebida são fatores que contribuem para o início precoce do consumo de álcool. "No Brasil, o álcool, além de ser altamente tolerado, é até estimulado; é visto como uma coisa obrigatória em muitas situações" comenta Ilana Pinsky.

"Os adolescentes têm dificuldade de ver a bebida como uma droga, como um problema", diz a psiquiatra Sandra Scivoletto, chefe do Ambulatório de Adolescentes e Drogas da Faculdade de Medicina da USP. Colega de escola de Rafael, João, 16, tem uma rotina parecida com a dele. Bate cartão no boteco ao lado da escola quase diariamente. Depois de tomar cerveja no bar, ele vai para a casa e dorme. Chega atrasado na escola freqüentemente e está indo tão mal que se já considera praticamente reprovado. "Vou mudar para uma escola mais fácil para não perder o ano", admite.
O caso de João ilustra uma das principais conseqüências do uso abusivo de álcool na adolescência: o baixo desempenho escolar. "O jovem que bebe fica mais lento e com a atenção instável", diz a psiquiatra Ana Cecília Marques, pesquisadora da Unidade de Álcool e Drogas (UNIAD) da Unifesp.
Além disso, a exposição a doenças sexualmente transmissíveis e a acidentes de carros também é agravada pelo álcool. "Em grande quantidade, o álcool desinibe, diminui a atenção e provoca a perda dos reflexos. O adolescente ainda não tem a compreensão perfeita da realidade, por isso está exposto a muito mais riscos que um adulto diante de uma intoxicação alcoólica", diz a presidente da Abead (Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Drogas), Analice Gigliotti.
Em longo prazo, os efeitos são ainda mais nocivos. "A adolescência é a fase em que o cérebro tem mais condições fisiológicas de receber e processar informações. O excesso de álcool dificulta o processo de aprendizagem. Isso pode resultar num adulto com menos habilidades intelectuais", afirma o toxicologista Anthony Wong, da USP.

Depoimentos de jovens que bebem

Por que você bebe?

1) "A sociedade é muito opressora, e a bebida me alivia"
Pedro, 23

2) "A bebida facilita a vida. Você fica mais desinibido com pessoas que não conhece, faz o que tem vontade. Fica mais fácil de se aproximar dos caras"
Roberta, 17

3) "Gosto de cerveja porque é refrescante. Quando quero ficar bêbada, bebo tequila"
Iara, 17

4) "Bebo por uma questão social, me acostumei a beber e a gostar. Se você não bebe, não faz sentido a um bar, a uma festa. Você fica sem vida social"
Denise, 21

5) "Porque eu fico mais extrovertido, mais comunicativo. Se eu não bebesse, não iria a bares e teria muito menos opções para me divertir"
Carlos, 15

6) "É uma experiência de vida importante. É bom tomar um porre de vez em quando porque você faz coisas que não faria normalmente, sai do seu mundinho"
Felipe, 17

80% dos estudantes pegam carona com quem bebeu

Após quase cinco meses em vigor, a chamada Lei Seca mudou o comportamento dos universitários, mas não imunizou todos os riscos do hábito de beber e dirigir.

Em quatro meses de Lei Seca, mortes no trânsito caem 5% em relação a 2007

Apesar do número de estudantes que admitem misturar álcool e volante freqüentemente ter caído de 31% para 20%, 80% deles confessam que ainda pegam carona com motoristas embriagados depois da balada. Os resultados foram apresentados ontem no congresso da Sociedade Brasileira de Ortopedia a Traumatologia (SBOT).


"Os jovens mudaram só o agente do perigo, mas continuam correndo riscos no trânsito ao andar ao lado de condutores que beberam antes de pegar o carro", afirma Sérgio Franco, chefe do departamento de ortopedia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autor do estudo, que ouviu, na semana passada, 1.034 universitários paulistanos e cariocas.

Para avaliar a mudança de postura quanto à direção "embriagada", Franco comparou os dados do levantamento recente com os obtidos em pesquisa semelhante feita por ele em 2006, com o mesmo universo de estudantes pesquisados.

"Percebemos que há avanços substanciais (após a Lei Seca), mas nos surpreendeu a quantidade de jovens que pegam carona com motoristas que beberam", diz o pesquisador que hoje vai distribuir em 16 pontos de Porto Alegre (cidade que sedia o congresso) panfletos informando sobre os riscos de andar na companhia de pilotos embriagados. As informações são do "Jornal da Tarde".

Consumo excessivo de álcool começa no Ensino Médio


No ano de 1997, o projeto Viver Bem 2000 realizado pela Faculdade de Medicina (FM) da UNESP em todas as suas unidades constatou que os alunos já chegam à universidade com o costume de "encher a cara", como se diz. De acordo com os relatórios divulgados na época, aproximadamente 18% dos estudantes ingressantes em universidades já faziam uso excessivo de bebidas alcoólicas.

Pode, a primeira vista, parecer pouco, mas esses 18% representam a parte do alunado que se embriaga quase diariamente. Na linha do "bebo socialmente", o número ultrapassa os 70%.

Esses dados comprovaram que o problema é anterior à fase universitária dos adolescentes.

Com base nessa pesquisa, a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) financiam agora um estudo sobre consumo de álcool por alunos do ensino médio. O projeto, em andamento no Departamento de Educação do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da UNESP, campus de São José do Rio Preto, busca entender as razões que têm levado os jovens a desenvolver o hábito de beber.

"O objetivo é ensiná-los a moderar o consumo dessas substâncias ou mesmo conduzi-los voluntariamente à abstinência", explica o responsável pelo trabalho, o psicólogo Raul Aragão Martins, do Ibilce. Segundo ele, não é possível impedir o uso de algum tipo de droga, mas é possível ensinar a fazê-lo de forma moderada e não nociva.

Entre os fatores intimamente ligados ao uso excessivo do álcool, Martins identificou o consumo regular de bebida pela família e a crença de que a ingestão de álcool facilita o convívio em grupo e fatores religiosos. E cada um desses casos possuem uma complexa e curiosa abordagem.

Quando se trata do ambiente familiar, há duas práticas que levam a um mesmo fim. Caso a família beba exageradamente - quando os tios dão vexame em festas de criança, por exemplo -, o jovem passa a entender que esse é um padrão adequado. Por outro lado, caso os membros da família não bebam, o jovem seguirá os padrões daquele que bebe no bar, geralmente, em demasia.

"O jovem, de maneira geral, não sabe beber, e arrisca a própria segurança ao ingerir álcool em doses excessivas."

A crença de que o álcool é um inibir de timidez também leva a um consumo excessivo, já que se bebem grandes quantidades rapidamente. Outro dado curioso é o da religião: "adolescentes que se declaram sem religião geralmente bebem mais em relação aos que afirmam ter uma crença", destaca.

O estudo também identificou o aumento do hábito de beber entre as mulheres. A maioria delas desconhece que o organismo feminino apresenta metade da tolerância masculina ao álcool. Como conseqüência, se embriagam mais rapidamente e o álcool demora mais tempo para ser metabolizado pelo organismo. "O organismo feminino possui menor quantidade de enzimas que atuam no metabolismo do álcool", lembra Martins.

Os voluntários acompanhados pelo estudo foram identificados entre os estudantes da rede pública de ensino dos municípios de São José do Rio Preto e Nova Granada, interior de São Paulo.

Noticia - Adolescentes são flagrados consumindo álcool

Adolescentes de 13 e 14 anos foram flagrados consumindo bebidas alcoólicas na escola Jesuíno de Arruda, em São Carlos. Um deles passou mal e foi para o pronto socorro da cidade.
Os estudantes foram levados para a delegacia juntamente com os pais, que estavam revoltados com a situação. “Antigamente a escola era aberta e agora é toda fechada e, mesmo assim, eles não conseguem controlar”, afirma a mãe de um dos alunos Cristiane Ordonho.
Segundo Jussara Teodoro, seu filho ficou em estado de coma alcoólico. “Eu espero que tomem providências a respeito disso”, disse.
A secretaria de Educação do Estado de São Paulo disse que os pais dos alunos já foram notificados e participarão na próxima semana de um reunião do conselho escolar junto com o diretor e professores da escola Jesuíno Arruda. O objetivo é investigar como os alunos entraram com bebidas alcoólicas na escola. Os estudantes receberão uma ação educativa

Como prevenir o uso abusivo de álcool por jovens em viagens escolares


Em uma série de países, a formatura de conclusão do ensino médio é motivo de celebração. Por vezes, essa comemoração anda junto com o risco, especialmente se acompanhada de uso pesado de álcool. Os autores buscaram, a partir da experiência australiana, elaborar procedimentos para lidar com o problema.
Primeiramente, deve-se fornecer informações sobre os riscos da embriaguez e sobre a legislação que aborda o uso e a venda de álcool para alunos e pais. Ademais, os alunos deverão ser municiados com documento contendo o código de conduta determinando os comportamentos esperados e aceitos.

Vale salientar também que a presença de policiais nos locais de destino das viagens e a substituição da venda de garrafas de vidro contendo bebidas alcoólicas por latas e copos plásticos contribuem para segurança do evento.

É de grande importância que haja restrição e proibição da entrada de bebidas nos locais de destino das viagens e que a venda de bebidas nos eventos seja cessada antes do fim das festas para que os jovens possam aguardar a remissão dos efeitos do álcool antes do retorno para seus aposentos. Ademais, também deve haver o envolvimento e treinamento dos funcionários dos bares para não servirem bebidas para menores de idade e para jovens embriagados.

Vale destacar a importância dos alunos se engajarem em outras atividades durante o evento como, por exemplo, atividades esportivas e eventos musicais. Assim, os alunos ficarão ocupados com atividades prazerosas ao longo de grande parte do tempo, diminuindo, assim, o consumo abusivo do álcool.

Quando buscar ajuda?

Após o inicio do vicio, as conseqüências começam a vir cada vez piores, prejudicam a relação com a família, com a escola e com a sociedade em si, inicia-se ai a necessidade de parar e recomeçar. Para comprovar essa realidade segue abaixo alguns depoimentos de pessoas que passaram por essa situação.

Tratamento multidisciplinar

Para o diagnóstico, é preciso, em primeiro lugar, uma observação honesta dos pais ou responsáveis pelo adolescente, que devem reconhecer seus limites quando não conseguem mais lidar com o problema. O trajeto de cura passa por um trabalho multidisciplinar envolvendo profissionais da área de saúde. O médico, geralmente um psiquiatra ou mesmo um clinico geral, será o responsável pelo processo de desintoxicação e, se necessário, fará uso de medicamentos. O psicólogo trabalhará em conjunto com esse médico e cuidará das questões emocionais. O apoio de grupos terapêuticos como Alcoólicos Anônimos (A.A) é uma alternativa que auxilia, à medida que fez o adolescente perceber que não está sozinho. “Nesses grupos, há um compartilhamento de angústias, medos, conquistas, curas. Após algum tempo na terapia, os adolescentes aceitam participar das reuniões, mas é muito importante que toda a família se envolva”, garante a psicoterapeuta Berenice Carpediane.

Tratamento para o alcoolismo

Nos Estados Unidos, aproximadamente 2 milhões de pessoas por ano procuram ajuda para tratar o alcoolismo. Veja logo abaixo o que esse tratamento geralmente inclui.

Desintoxicação

Isso implica abstinência de álcool para eliminá-lo completamente do organismo.. Pessoas que passam pela desintoxicação normalmente tomam medicações para prevenir delírios e outros sintomas da abstinência;

Medicamentos

Alguns remédios são administrados para prevenir recaídas. Alguns reduzem o desejo de beber, bloqueando as regiões do cérebro que sentem prazer quando o álcool é consumido; outros causam uma reação física grave ao álcool, que inclui náusea, vômitos e dores de cabeça. Em 2004, a U.S Food and Drug Administration (FDA) aprovou um outro tipo de remédio, que suspende o desejo de beber atuando nos neurotransmissores do cérebro que são afetados pelo álcool.

Aconselhamento

Sessões de aconselhamento e terapia individual ou em grupo podem auxiliar na recuperação do alcoólatra, identificando situações nas quais as pessoas podem ser tentadas a beber e encontrando meios de contornar esse desejo. Um dos mais reconhecidos programas de recuperação alcoólica é o Alcoólicos Anônimos (AA). Nesse programa de 12 passos, os alcoólatras em recuperação encontram-se regularmente para auxiliar uns aos outros durante o processo de recuperação.
A eficácia desse programa varia, dependendo da gravidade do problema, dos fatores sociais e psicológicos envolvidos e do comprometimento individual no processo. Um estudo realizado em 2001 demonstrou que 80% das pessoas que passaram por um programa de 12 passos como o do AA, mantiveram-se abstêmios nos seis meses seguintes, contra cerca de 40% das que não passaram por nenhum programa. Estudos também demonstram que combinar medicações com terapia funciona melhor do que qualquer um dos tratamentos de forma isolada. A medicação controla os desequilíbrios químicos que causam o vício de álcool, enquanto a terapia ajuda as pessoas a lutar contra a abstinência.

Drogas Aversivas.

O dissulfiram inibe a metabolização do álcool por inibir de forma irreversível a enzima aldeído desidrogenase, provocando uma série de efeitos desagradáveis como taquicardia, enrubescimento, sudorese profusa, dispnéia, náuseas e vômitos. No entanto o dissulfiram não afeta em nada o desejo de consumir álcool por parte do dependente, que é a essência do problema.
A carbimide, uma medicação usada no Canadá possui o mesmo efeito do dissolveram: a diferença é que esta medicação não inutiliza a aldeído desidrogenase por ser um inibidor reversível, ou seja, depois de "desligar-se" da enzima permite que ela continue funcionando. Esta medicação foi retirada do mercado pelo fabricante. Nunca se conseguiu provar que essas medicações diminuem o alcoolismo.

Antagonistas Opióides

A observação de que agonistas opióides aumentam o consumo de álcool e os antagonistas diminuem o consumo em animais, levou os pesquisadores a testarem a naltrexona para reduzirem o desejo pelo álcool. A naltrexona e outros antagonistas opióides inibem a liberação de dopamina pelo núcleo acumbens. Os etilistas sociais relatam que beber sob efeito da naltrexona obtem menos efeito prazeroso e mais efeito sedativo. Os alcoólatras sob efeito de 50mg de naltrexona relatam uma diminuição do desejo pelo álcool, justamente pela perda do prazer dado ao álcool. Vários estudos controlados sobre a eficácia da naltrexona já foram feitos. Os resultados não são unânimes: alguns estudos não encontraram superioridade da naltrexona sobre o placebo. Alguns trabalhos, além de identificar a superioridade da naltrexona reconhecem a vantagem de se combinar o tratamento farmacológico ao de grupos terapêuticos.

Acamprosato

Muitos pacientes fracassam na tentativa de interromper a bebida por causa dos efeitos da abstinência. O acomprosato atua na regularização da descompensação bioquímica que acontece na abstinência alcoólica. Ele normaliza a ação glutaminérgica que se encontra exacerbado na abstinência. Os estudos feitos com 2 a 3 g de acamprosato têm mostrado que, além de auxiliar na imediata recuperação da abstinência, contribui também na permanência do afastamento do álcool. Estudos com 48 semanas de duração mostraram que boa percentagem dos pacientes em tratamento fica sem usar álcool por mais tempo do que os pacientes não tratados. O acamprosato não é metabolizado no organismo, mas eliminado pelos rins: por isso deve-se ter cautela com os pacientes com insuficiência renal. Os principais efeitos colaterais são diarréia (10%) e cefaléia (20%).

Outras Medicações

Várias medicações que apresentaram eficácia com animais não se mostraram eficazes em seres humanos, e nem todos os testes inicialmente positivos demonstraram eficácia clínica duradoura. Algumas das medicações em tal situação são: bromocriptina, carbonato de lítio, benzodiazepínicos, inibidores da recaptação da serotonina. Essas medicações também podem reduzir o prazer dado pelo álcool, diminuindo sua busca e atenuar a abstinência (benzodiazepínicos), mas nenhum deles apresentou resultados clinicamente satisfatórios em termos estatísticos, ou seja, há pacientes isolados que se beneficiam desses remédios.

Discussão
O tratamento farmacológico deve ser considerado em todos os pacientes dependentes de álcool, para que não haja contra-indicações no uso. Dentre todas as medicações as que possuem mais relatos favoráveis são a naltrexona e o acamprosato (disponível apenas na Europa). Em todo alcoolismo devem ser investigados outros transtornos mentais. Dentre os mais comumente relacionados estão a depressão, distúrbios de ansiedade e a esquizofrenia. O alcoolismo pode surgir como uma tentativa de automedicação para um transtorno incipiente ou apresentar-se durante a fase ativa do transtorno mental